A cantora Nélida Sônia Sánchez Garcete, que se apresentava apenas como Sônia Sayara, foi presa pela PF (Polícia Federal), no último dia 28 de maio, em um sítio em Mogi Guaçu, sob acusação de participar de uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas. Clique aqui, entre em nosso grupo de WhatsApp e receba as principais notícias da região em seu celular.
Nascida no Paraguai, a mulher usava documentos falsos com o nome de Sayara Gomes Dutra. Ela também se apresentava como empresária, tinha uma loja em Mogi Guaçu e era bastante conhecida nas cidades da Baixa Mogiana.
Sônia é acusada de participar de um esquema que trazia cocaína e maconha do Paraguai para o interior paulista. A investigação começou em 2020, conforme documentos do OCCRP (Projeto de Investigação Sobre Crime Organizado e Corrupção, na sigla em inglês).
A apuração aponta que os entorpecentes eram transportados por avião e em caminhões com toras de madeira, para dificultar a fiscalização. O sítio em Mogi Guaçu seria usado como ponto de apoio da quadrilha, para reuniões e dormitório dos pilotos e motoristas.
Segundo a PF, entre 2020 e 2024, o bando trouxe para o Brasil 30 toneladas de maconha e uma tonelada de cocaína. O superintendente da Polícia Federal no Mato Grosso, Carlos Henrique Cotta D'Ângelo, relatou que a acusada, e seu marido, José Roberto Oliveira Lima, o "Tiquinho", que está foragido, tinham amplo relacionamento com criminosos.
"Ela tinha forte ligação com o tráfico, e dele se beneficiava até mesmo pela ostentação que mantinha, através de veículos e viagens ao exterior", disse o agente da PF, em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record.
Reportagem da Revista Piauí aponta que Sônia assumiu a liderança da quadrilha após seu irmão, o narcotraficante paraguaio Carlos Rubén Sánchez Garcete, conhecido como “Chicharõ”, e ex-suplente de deputado, ser assassinado com dezenas de tiros no Paraguai, em agosto de 2021.
Antes da morte de “Chicharõ”, a cantora atuava como conselheira. Depois, ela teria assumido o controle de tudo, incluindo a coordenação da logística do transporte das drogas ilícitas. Além da moradora de Mogi Guaçu, mais cinco pessoas foram presas na Operação Tango Down. Sônia segue presa no presídio feminino de Mogi Guaçu.
Outro Lado
O advogado de Sônia, Paulo Maurício Ferreira, afirmou que a cliente é "primária, tem bons antecedentes, nunca teve envolvimento com o tráfico de drogas, não tem condenações e que a inocência dela será comprovada ao longo do processo que corre na Justiça".
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