Policiais civis prenderam em São Carlos, um padre investigado por estupro de vulnerável em Indaiatuba. A prisão temporária foi expedida pela Justiça depois que o religioso, intimado, não se apresentou à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso.
O sacerdote também é suspeito de violar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo as investigações, um adolescente de 16 anos relatou ter sido embebedado e coagido a manter relações sexuais com o padre.
As autoridades seguem apurando os detalhes do caso. Se condenado, o acusado pode responder por crimes com penas que variam de 8 a 15 anos de prisão, conforme o Código Penal e o ECA.
O CASO
A denúncia foi feita pelo pai da vítima, após a mulher dele e mãe do adolescente contar sobre a confissão do filho do casal. O caso foi registrado no plantão da Delegacia do Município um dia após o crime.
O padre era ministro da obra na Igreja Santa Teresinha, onde a família frequenta. De acordo com relatos do pai para a polícia, na noite do domingo passado, o convidou o adolescente para jantar fora e o garoto aceitou o convite. Então, o pároco ligou para a mãe do jovem pedindo a permissão para o jantar, o que foi concedido.
O jantar foi em um restaurante. Com a permissão da genitora, os dois foram jantar em um restaurante localizado no bairro Cidade Nova I e chegando ao local, o adolescente pediu para ingerir alcoólicas. O padre teria autorizado e os dois tomaram drinks de vodka.
Após o jantar, o padre convidou o adolescente para ir até a casa dele, que fica localizada em cima da igreja, e a vítima aceitou. Na residência, o padre tentou massagear as costas do adolescente, que recusou. Mas o padre, então, ofereceu uma dose de uísque para a vítima "ficar mais relaxada" e o menor, após ingerir a bebida, ficou levemente “embriagado, tonto e desorientado”, chegando a apresentar confusão metal.
O padre teria se aproveitado desta condição que o adolescente ficou para insistir na massagem no adolescente, que aceitou e em seguida retribuiu.
Durante a troca de massagem, o padre teria pedido para o adolescente retirar a roupa para não atrapalhar a terapia e na sequência o pároco teria ordenado o adolescente a praticar sexo oral nele e masturbação. Após os atos, o padre pediu para a vítima se vestir e a levou para casa.
O jovem passa por atendimento psicológico, segundo relatos do pai, e teria contado para a mãe no dia seguinte, após consulta com a terapeuta. O adolescente chegou a enviar mensagem para o padre avisando que contaria tudo para os pais e o padre ameaçou que se ele revelasse o caso, se jogaria de uma ponte.
Com medo, o adolescente chegou a dizer para a mãe que queria se matar em razão do que aconteceu. Preocupado com o psicológico do filho, o casal levou a vítima ao Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC) e depois no plantão policial.
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