A Polícia Civil de Mogi Mirim identificou e prendeu o corretor de imóveis Robinson Rogerio Corazin. Ele é o autor do grave acidente na Rodovia Engenheiro João Tosello (SP-147), entre Itapira e Mogi Mirim, resultou em uma morte e um ferido na noite deste domingo (13).
A colisão, que envolveu duas motocicletas e três automóveis, provocou um incêndio e deixou veículos destruídos já em Mogi Mirim. Após o acidente, o corretor fugiu do local e não prestou socorro, mas foi entregue pela esposa, que acionou a PM (Polícia Militar).
De acordo com a PMR (Polícia Militar Rodoviária), o motociclista Júlio Cesar Aparecido Marcelino, de 29 anos, seguia sentido Mogi Mirim quando foi atingido por um carro não identificado, que fugiu do local. Com o impacto, Júlio caiu na pista e foi atropelado por outra moto, pilotada por uma colega de trabalho, de 25 anos, que não conseguiu desviar a tempo.
A mulher sofreu fraturas nos membros inferiores, mas foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhada à Santa Casa de Mogi Mirim, sem risco de morte. Já Júlio não resistiu aos ferimentos.
Após os primeiros choques, um Fiat Strada atingiu a moto de Júlio, já caída na pista. Em seguida, um CrossFox com cinco ocupantes de Limeira atropelou o veículo da vítima fatal, arrastando-o por cerca de 140 metros.
O atrito gerou chamas que consumiram tanto a moto quanto o carro. Todos os ocupantes do CrossFox saíram ilesos antes do fogo se alastrar.
Prisão
Momentos depois, recebemos informação de que um suspeito teria sido localizado na cidade de Conchal, após chegar em sua residência conduzindo o veículo completamente danificado.
No interrogatório, ele confessou ter passado pelo local e ter sentido a colisão, mas negou ter visto que tratava-se de uma motocicleta. Alegou ainda que não parou seu veículo, pois achou que poderia ter atropelado uma animal ou ter sido uma pedra arremessada no vidro com o fim de o assaltarem.
"O relato do conduzido de que não parou pois, apesar de ter sentido colidir contra algo, acreditou se tratar de uma pedra ou um animal é pouco consistente. Conforme se percebe nas fotografias acostadas aos autos, é possível verificar um grande amassado no vidro dianteiro do veículo, inclusive com o formato de uma cabeça", informou a Polícia Civil.
Perguntado se ingeriu bebidas alcoólicas, ele afirmou que não, mas se negou a fazer o teste do bafômetro. Assim, uma equipe se deslocou com ele até o hospital para a realização do exame de sangue. A Polícia Civil arbitrou uma fiança de R$ 10 mil, que não foi paga.
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