O funcionalismo público de Paulínia é a categoria, ou extrato social, com poder de decidir o resultado de uma eleição para o cargo de prefeito. Posicionar-se contra tal grupo é suícidio político. Já ter o favor, aprovação e reconhecimento pode resultar em muitos votos nas urnas, e em vitórias eleitorais, naturalmente.
Por isso tudo, o candidato a prefeito Tuta Bosco (Solidariedade) deve estar muito preocupado. Afinal, seu principal cabo eleitoral é o ex-prefeito José Pavan Junior (Mobiliza), que é odiado pelos servidores. A vice da chapa é Lucila, a esposa do ex-chefe do Executivo.
A bomba, para a campanha de Tuta, com abalos sísmicos capazes destruir qualquer projeto político, foi a notícia de que Pavan foi condenado, pela Justiça Federal, a 4 anos e 11 meses de prisão, pelo fato de ter causado prejuízos de $ 35,4 milhões ao Pauliprev (Instituto de Previdência dos Funcionários Públicos do Município de Paulínia), com investimentos irregulares e fraudulentos.
De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), R$ 38 milhões foram investidos por ordem de Pavan. Um ano depois, o valor não foi recuperado. "Porém, ao tomar ciência do relatório, Pavan Junior insistiu na realização do negócio, ordenou a rescisão do contrato com os consultores e demitiu a cúpula do Pauliprev", relata o promotoria na ação.
Com isso, o futuro, ou aposentadorias, de aproximadamente cinco mil trabalhadores está ameaçado. A situação é desesperadora para os funcionários públicos. Qual será o efeito eleitoral para Tuta? Pavan será escondido da campanha? E Lucila? Com que cara Tuta pedirá votos aos servidores públicos? Será necessário envernizar a face rechonchuda com óleo de peroba!!!
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