A deputada federal Amália Barros (PL) foi sepultada no Cemitério da Saudade, em Mogi Mirim, nesta segunda-feira (13). O velório e rituais fúnebres, realizados na Estação Educação, contaram com nomes conhecidos da política nacional, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Ambas eram muito amigas. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), também esteve presente.
Familiares, amigos políticos locais e da região, colegas da faculdade e, especialmente, moradores da cidade fizeram questão de comparecer para se despedir da parlamentar, que era muito querida.
Jornalista de formação e eleita deputada pelo Mato Grosso, Amália faleceu no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. O comunicado do falecimento foi feito por Jair Bolsonaro (PL), em WhatsApp enviado a aliados na madrugada de domingo (12). Amália nasceu e foi criada em Mogi Mirim. Ela era filha de Maria Helena Scudeler Barros, que foi vereadora na cidade, e atualmente ocupa o cargo de Secretária de Relações Institucionais na gestão do prefeito Paulo Silva (PDT).
Entre os políticos que foram dar o último adeus estavam os senadores Magno Malta (PL), Wellington Fagundes (PL) e Damares Alves (Republicanos). Os deputados estaduais Bruno Zambelli (PL) e Barros Munhoz (PSB) também estiveram presentes. Além deles, os deputados federais, colegas de Amália no parlamento, Zé Trovão (PL), Nikolas Ferreira (PL), Abílio Brunini, Fernando Máximo (União Brasil), José Medeiros (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL) estiveram em Mogi Mirim.
Vereadores e políticos locais e da região foram homenagear Amália. O vice-prefeito de Paulínia, Sargento Camargo (PL), foi uma dessas lideranças.
A morte causou manifestações até entre políticos de esquerda, como o caso da deputada e ex-governadora do Rio de Janeiro Benedita da Silva (PT). "É com enorme pesar que externo os meus sentimentos à família, amigos e amigas da deputada federal Amália Barros, que nos deixou no dia de hoje, após lutar bravamente contra um nódulo no pâncreas. Desejo uma passagem de luz para ela e muita força e conforto para a sua família", lamentou a petista.
O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), também homenageou Amália no X. "Minhas condolências à família da @amaliabarros, que se tornou um grande exemplo de superação de barreiras e de dedicação e amor ao próximo, Que Deus a acolha na sua infinita misericórdia e conforte seus familiares e amigos. Deixará muitas saudades!", escreveu o mandatário.
Por meio de nota, a Prefeitura de Mogi Mirim lamentou o falecimento. O prefeito Paulo Silva (PDT) afirmou que "Mogi Mirim está de luto".
Histórico
Amália Barros foi internada em estado grave na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Na quinta-feira (09), a deputada passou por um novo procedimento cirúrgico de “radiointervenção”, que é basicamente uma operação minimamente invasiva com o auxílio de imagem, agulhas e cateteres.
A deputada estava internada desde 1º de maio, quando foi ao hospital fazer a retirada de um nódulo no pâncreas. No dia 2, a deputada fez o procedimento de drenagem das vias biliares, para retirar o líquido biliar em excesso do fígado. A transferência de Amália para a UTI se deu depois de uma “reabordagem cirúrgica”.
Eleita com o apoio de Michelle para seu primeiro mandato em 2022, a deputada era muito próxima da família Bolsonaro. Na maioria das vezes em que o ex-presidente ia para o Mato Grosso, ele costumava passar alguns dias no rancho de propriedade de Amália. Ela era casada com o empresário e influenciador Thiago Boava.
Amália Barros perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos, após uma infecção por toxoplasmose. Ela se submeteu a 15 cirurgias, mas em 2016 precisou remover o olho e passou a usar um globo ocular.
Em 2019, foi protocolado no Congresso Nacional um projeto de lei intitulado “Lei Amália Barros”. O PL conferia a portadores de visão monocular os mesmos direitos e benefícios das pessoas com deficiência.
Aprovado na Câmara e no Senado, o texto foi sancionado pelo então presidente Bolsonaro em março de 2021 e alterou o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Amália Barros lutou pelo projeto e, em 2022, elegeu-se deputada federal com 70 mil votos, tendo o apoio de Michelle Bolsonaro. No parlamento, ela destinava especial atenção às pautas de inclusão.
Com informações do Portal Metrópoles
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