A parceria entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com as plataformas Twitter e Tik Tok para combater a desinformação em período eleitoral é um laboratório que cria novos elementos para balizar as regras das eleições municipais deste ano.
Com a parceria as plataformas criam um canal de comunicação para combater as desinformações, abrindo um caminho para apurar fraudes de boatos que impactam na decisão do eleitor, viralizando conteúdos falsos.
O papel do jornalismo tende a ser valorizado.
A mecânica de como isso se dará na prática é algo que está em construção. Por enquanto, as plataformas se comprometeram a facilitar o acesso às informações fidedignas sobre o processo eleitoral, destacando-as em resultados de busca, por exemplo.
Este é o ponto essencial: como validar conteúdos fidedignos? Somente com a investigação jornalística independente isso será possível.
Política de integridade
Durante o anúncio, por videoconferência, o gerente de Políticas Públicas do Twitter Brasil, Fernando Gallo, pediu que os usuários leiam a política de integridade cívica da plataforma, que veda alguns conteúdos relacionados ao pleito.
Ele também frisou que o Twitter baniu em todo mundo a veiculação de anúncios políticos ou eleitorais. “Entendemos que alcance político deve ser merecido, e não pago, portanto, não vamos vender publicidade nessa eleição”, disse Gallo.
O diretor de Políticas Públicas do TikTok no Brasil, Ricardo Tavares, também ressaltou uma atualização nas políticas da plataforma para deixar mais clara a proibição a conteúdo enganoso.
Uma equipe do TikTok deverá ajudar a Justiça Eleitoral a fazer publicações mais eficazes na rede social de vídeos curtos, que é marcada pela presença de um público mais jovem.