Trabalhador há cerca de 40 anos no ramo do táxi, Antônio Malafaia, de 68 anos, analisa que o aumento ainda é pouco, principalmente se levar em consideração que a categoria passou mais de sete anos sem nenhum tipo de reajuste. "Vou ser sincero com você. Sete anos sem aumento e vem 20%. Isso não dá pra cobrir nem as despesas atuais. Para conseguir bastante corrida aqui, tenho que chegar no final da madrugada e ir embora só no meio da tarde. Já foi o tempo que ser taxista dava para sustentar uma família", disse.
Já Manoel Vieira Gomes está na profissão há 48 anos. Hoje, aos 77, ele diz que sendo taxista conseguiu criar dois filhos, mas que não vê mais o mundo dessa forma. "Tudo muito caro e a categoria ainda passa sete anos sem aumento. Ninguém fica um ano sem ter aumento, mas quem é taxista fica. Desse jeito é complicado demais manter uma família", disse.
O taxista Antônio Alves da Silva, de 68 anos, está há cerca de 30 anos na profissão, e não vislumbra um futuro melhor. "Se depois de todo esse tempo, só veio 20%, fica difícil. Cheguei a trabalhar com 30 corridas ao dia, e hoje com sorte fazemos seis ou oito", comentou.
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