Sílvio Filipini, 59 anos, morreu na noite de sábado (01) após ser atropelado e arrastado por cerca de 1,5 quilômetros, em Holambra.
O acusado, Rodrigo Olegário de Almeida, 42 anos, é GCM (Guarda Civil Municipal) e foi preso por omissão de socorro, mas na audiência de custódia foi liberado para responder o processo em liberdade.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima foi arrastada no parabrisa do Guarda de Holambra.
Na delegacia, Almeida relatou que mora em Artur Nogueira e que estava indo ao trabalho. Ele disse que no meio do trajeto, no quilômetro 35 da Rodovia SP-107, sentiu um impacto no parabrisa, mas decidiu não parar por medo de retaliações do crime organizado.
Na Alameda Maurício de Nassau, no Centro, o Guarda contou que “sentiu algo caindo”.
Outra Versão
Porém, o Diretor da Guarda de Holambra contou outra versão para a Polícia Civil. Almeida teria chegado sonolento e agitado, de acordo com a versão do agente.
Uma testemunha ligou na sede da corporação e relatou que um homem havia jogado um corpo numa via pública, na região central de Holambra.
Segundo o diretor da corporação, depois da ligação, Almeida confessou que tinha atropelado um homem. Então, ele foi levado para a delegacia.
Ainda segundo o registro policial, uma testemunha relatou que a vítima estava com metade do corpo para dentro do veículo, e que o policial municipal removeu o corpo e jogou na calçada.
"Pela dinâmica dos fatos, depoimentos e pelo dano no veículo, o indiciado transitou com o corpo da vítima preso no para-brisa do veículo por mais de 1 km e depois jogou o corpo em uma calçada no centro da cidade de Holambra, sendo que passou em frente ao hospital local e não parou para a vítima ser atendida. Após, foi para a base da guarda se abrigar e tentar se esquivar da responsabilidade criminal, mas foi surpreendido com um telefonema anônimo relatando que um indivíduo havia jogado um corpo na rua”, diz parte do boletim.
Almeida não quis fazer o teste do bafômetro. No entanto, ele foi encaminhado para um exame de alcoolemia e toxicológico. O caso vai ser apurado para identificar se ele estava embriagado. Ele foi preso em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção, na direção de veículo automotor, com agravamento por não ter prestado socorro à vítima.
A Prefeitura de Holambra informou que vai tomar todas as medidas cabíveis e abrirá, nesta segunda-feira (03), um procedimento administrativo. O sepultamento de Sílvio Filipini aconteceu no domingo (02).
A defesa de Almeida afirmou que Almeida é inocente.
(Com informações do G1 Campinas)
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