O prefeito de Mogi Guaçu, Rodrigo Falsetti (PSD), articulou a realização de uma sessão extraordinária na Câmara para a aprovação de diversos projetos de sua autoria No entanto, um projeto gerou grande polêmica: o aumento salarial para cargos políticos, de 19,2% . E o mais surpreendente: esse aumento foi apresentado em regime de urgência, mesmo não sendo uma urgência real para a cidade.
No momento, as reais urgências da cidade são a explosão dos casos de dengue. Em 22 dias, a cidade registrou 1.407 casos, sendo a “campeã” na região. Outro problema é falta de água em bairros como Jardim Cristina, Itamaraty, Jardim Bandeirantes, Jardim Brasília e parte do Itacolomi.
O projeto em questão é a Emenda à LOM (Lei Orgânica Municipal) nº 1/2025, de autoria de de Falsetti, que propõe a equiparação dos salários dos Superintendentes de Autarquia e Secretários Autárquicos aos dos Secretários Municipais. Conforme a edição 738 do Diário Oficial do Município, esses cargos mencionados acima, atualmente, recebem R$ 11.240,86 mensais.
Porém, Rodrigo Falsetti deseja que esse valor seja elevado para o mesmo valor dos Secretários Municipais, que atualmente recebem R$ 13.400,00 mensais, conforme estabelecido pela Lei nº 5.733, de 19 de abril de 2023. Isso representa um aumento de quase 19,2% para esses cargos políticos.
Batatinha
O vereador Adriano Guarda Batatinha (MDB), defensor do projeto, tentou justificar a proposta, mas não respondeu aos questionamentos sobre o impacto desse aumento para os cofres públicos, especialmente em um momento em que a cidade enfrenta sérios problemas.
E, apesar da falta de tempo para uma análise mais profunda, o projeto foi aprovado em primeiro turno. Outros vereadores, além de Batatinha, votaram a favor da proposta de equiparação salarial. Foram dez votos favoráveis e um contrário, de Alex Tailândia (PL). Agora, a medida será votada em segunda discussão.
Problemas
Entre os problemas enfrentados pelos moradores de Mogi Guaçu estão as ruas tomadas pelo mato, falta de medicamentos, demora em cirurgias e exames, obras paradas, UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e escolas com problemas de infraestrutura, e até o fechamento do CEGEP (Centro Guaçuano de Educação Profissional), uma instituição de ensino técnico para os jovens da cidade.
Além disso, o vale-alimentação prometido aos servidores ainda gera muita dúvida entre a categoria e os agentes da GCM (Guarda Civil Municipal) recebem os salários mais baixos da história.
Pedimos um posicionamento para a Secretaria de Comunicação. Até a publicação nada fora enviado. O espaço está aberto, importante salientar.
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