Um caso de homofobia, ameaça e injúria racial terminou com o agressor, A.L.G.C., de 40 anos, preso pela PM (Polícia Militar) no bairro Jardim Pantanal, em Mogi Guaçu, por volta das 21h45 de quarta-feira (21). Clique aqui, entre em nosso grupo de WhatsApp e receba as principais notícias da região em seu celular.
De acordo com informações contidas no BO (Boletim de Ocorrência), o acusado ofendeu com palavras de baixo calão e fez ameaças contra a vítima, uma mulher transexual. Os ataques ocorreram em razão da sexualidade da vítima, e também pelas roupas que ela costuma usar.
A PM foi chamada e levou a vítima e o suspeito para a CPJ (Central de Polícia Judiciária). Após ouvir a história, com base no artigo 20 da lei 7.716, referente à injúria Racial e homofobia, e do artigo 145, do Código Penal Brasileiro, que aborda questões de ameaças, a delegada Gisele Barbosa Castello determinou a prisão de A. Agora, como é praxe em tais situações, o acusado irá passar por audiência de custódia.
Mortes em 2023
Em 2023, houve 155 mortes de pessoas trans no Brasil, sendo 145 casos de assassinatos e dez que cometeram suicídio após sofrer violências ou devido à invisibilidade trans. O número de assassinatos aumentou 10,7%, em relação a 2022, quando houve 131 casos.
Os dados são na 7ª edição do Dossiê: Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2023 da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil), divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos.
Em 2023, a média foi de 12 assassinatos de trans por mês, com aumento de um caso por mês, em relação ao ano anterior. De acordo com o levantamento, dos 145 homicídios ocorridos no ano passado, cinco foram cometidos contra pessoas trans defensoras de direitos humanos.
No ano passado, também foram registradas pelo menos 69 tentativas de homicídio – 66 contra travestis e mulheres trans, além de três homens trans/pessoas transmasculinas (aqueles que, ao nascer, foram designadas como sendo do sexo feminino, mas se identificam com o gênero masculino).
A secretária de Articulação Política da Antra, Bruna Benevides, afirma que as trocas de informações pretendem assegurar o direito à vida de pessoas trans. “O dossiê lança luz sobre o problema sistemático que acontece no Brasil, e a gente precisa assumir o compromisso para garantir que a população trans pare de ser assassinada, temos esse desafio”, diz Bruna,
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