A especialista em marketing digital Carolina Alves Pinas, de 30 anos, foi agredida numa reunião política realizada por Edson Moura (Avante), no final da noite de terça-feira (01), num prédio localizado na região central de Paulínia, onde funcionava uma emissora de televisão. Na sexta-feira (04), ela fez um BO (Boletim de Ocorrência) e informou que representará Edson e a vice da chapa, Nani Moura (Avante), na Justiça.
Carolina relatou que foi até o evento, realizado na TV, com um amigo, que é motoboy, já que a reunião tinha como alvo esse público. Na área externa, ao pegar o celular para fazer algumas fotos e informar a amigos onde estava, Nani foi até a vítima e iniciou uma discussão.
A vice exigiu que Carolina fosse embora do local. Assustada, a jovem começou a gravar a confusão. Nesse momento, um homem a pegou pelo braço, e a arrastou para fora. “Fiquei sozinha na rua, por alguns minutos, esperando o meu amigo. Algo pior poderia ter acontecido. Não estava fazendo nada demais. Estou bastante assustada e com medo dessa situação”, relatou Carolina.
Após ser expulsa, os presentes aplaudiram a violência contra a jovem. Ela registrou, no celular, o rosto de alguns dos agressores. Todo o material será entregue para a Polícia Civil.
Mulheres
Ao ver o vídeo das agressões no Instagram, a advogada, integrante do Coletivo Mulheres pela Justiça e candidata à Prefeitura de Paulínia Priscilla Bittar (PSB) ficou indignada. “Infelizmente, esse é o modo que homens que não respeitam as mulheres agem, com violência. No entanto, como defensora das mulheres, não permitirei esse tipo de situação. O nosso coletivo vai dar todo tipo de apoio e suporte”, disse.
Priscilla ainda relatou que a vítima ainda teve dificuldades de fazer o BO. “Por isso, defendo que a nossa cidade tenha uma DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). As vítimas de violência precisam tratar com homens, na maior parte dos casos bem intencionados, mas sem o preparo adequado para lidar com algumas situações”, explicou.
Após a realização do BO, a vítima foi até Campinas para fazer um exame de corpo delito. “Passei por um constrangimento muito grande. Vou processar e quero que todos os meus direitos sejam respeitados”, afirmou.
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