A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Subseção Campinas, exonerou da Comissão de Trabalho a advogada Lizani Conceição de Miranda, presa no último sábado (31), acusada de chamar de “macaca” e “preta encardida” uma funcionária de um bar no Cambuí, em Campinas. A exoneração foi realizada na segunda-feira, após repercussão do caso.
“A diretoria da OAB Campinas está reunida neste momento com a Comissão de Direito do Trabalho e decidiu que a advogada acusada de injúria racial será exonerada da referida Comissão”, afirmou, em nota enviada à imprensa na noite desta segunda-feira.
A reportagem não conseguiu contato com a advogada. A matéria será atualizada caso haja uma posição.
O caso
Lizani foi presa após um episódio de agressão e insultos racistas em um bar localizado no bairro Cambuí. Segundo o boletim de ocorrência, Lizani teria chamado uma funcionária do local de “macaca”, “preta encardida” e “favelada”.
A confusão começou depois que a advogada quebrou, sem querer, um copo no bar e os funcionários pediram para ela colocar o sapato para a própria segurança.
Uma das vítimas relatou que havia sido alvo de agressões físicas e verbais, tendo sido, segundo suas palavras, vítima de injúria racial por parte de Lizani, que a chamou de “favelada, preta encardida” e “macaca”.
A advogada recebeu voz de prisão e ofereceu resistência, agredindo policial, sendo necessário o uso da força para contê-la. Uma outra funcionária também foi agredida pela acusada.
“Destaque-se que não foi possível realizar o interrogatório da indiciada, visto que foi conduzida para o hospital para passar por atendimento médico, destacando que durante o período que permaneceu na delegacia ela gritou de forma insistente e demonstrou estar extremamente alterada”, informou a Polícia Civil.
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