A situação é triste e absurda. A Funerária São Luiz e a Prefeitura de Mogi Mirim conseguiram trocar corpos de duas pessoas na manhã desta sexta-feira (12). Com isso, a família de Daiana Maria, de 30 anos, que morreu de covid-19, velou na verdade outra pessoa, Vanda Luiza, de Casa Branca, que também foi vítima do coronavírus.
Os familiares de Vanda descobriram a troca no necrotério de Mogi Mirim, quando foram buscar o corpo para o sepultamento em Casa Branca.
No entanto, os familiares de Daiana chegaram a chorar no caixão sob o caixão de outra pessoa. Como o caixão precisa ficar fechado por conta das normas da pandemia, eles não conseguiram descobrir a “troca de corpos”.
Daiana estava internada na Santa Casa de Mogi Mirim quando faleceu. O funcionário da Funerária São Luiz foi até o local. Foi lá que a confusão começou. Tristemente, os familiares dela tiveram que fazer um segundo sepultamento, no início da tarde desta sexta, com o corpo realmente de Daiana.
Já o corpo enterrado de forma equivocada precisou ser retirado do cemitério local e foi levado para Casa Branca.
Daiana era moradora do Residencial Floresta, evangélica e uma guerreira. Ela deixa duas filhas e o marido.
Caso de Polícia
Um BO (Boletim de Ocorrência) será feito por parentes de Daiana e a Polícia Civil deverá investigar a situação. Um advogado já estuda quais medidas serão tomadas contra a Santa Casa e a Funerária São Luiz.
Também estou apurando e parece que o erro não se trata de um caso isolado, infelizmente.
Tanto familiares de Daiana como de Vanda estão, com toda razão, indignados com os graves erros e falhas, ainda mais em um momento de luto e tristeza.
Trata-se de um desrespeito sem tamanho com as pessoas falecidas e seus familiares.
Outro lado
A Funerária São Luiz admitiu o erro e negou que a situação seja “comum”. Já a Prefeitura de Mogi Mirim foi procurada e questionada sobre o assunto. Até a publicação do texto nenhum retorno havia sido enviado. O texto será atualizado caso ocorra o envio de algum posicionamento.
Posteriormente, a Prefeitura de Mogi Mirim disse que não tem nenhuma relação com o "erro", embora seja a responsável pela Santa Casa.
Coluna do Diógenes
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